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Uma Crise Existencial Crónica e dois Clicks bestiais

Ana Mina, Life Coach e Fundadora do Projecto Singularity Way

 

 

“O que queres ser quando fores grande?”

 

Sempre foi um drama para mim. Quer dizer, em criança até era engraçado. Queria ser bailarina, veterinária, médica, pintora, escritora, actriz, advogada, princesa e a versão feminina do MAcGyver, num exercício de acumulação de funções que naquela tenra idade só me poderia parecer perfeitamente razoável.

 

O drama começou quando tive que tomar decisões. A primeira tive que a arrancar das entranhas aos 15 anos, 'ajudada' por 4 testes psicotécnicos que tiveram o descaramento de me informar que poderia fazer o que eu quisesse. Acendi uma velinha mental ao anjinho dos indecisos e optei por seguir o ensino secundário na valência científica, tentando convencer-me que iria ter mais satisfação com as áreas que rejeitava, a artística e as humanidades, se as explorasse enquanto hobbies. Agora rio-me disto, mas quem convive de perto com um adolescente sabe que qualquer crise existêncial, seja de que natureza for, é o fim do mundo!

 

O fim do mundo prolongou-se durante os três anos seguintes até à minha entrada na faculdade, e depois durante os anos que se seguiram até ter descoberto que a minha crise-existêncial-o-que-queres-ser-quando-fores-grande-? não precisava ser o fim do mundo. Podia em vez disso ser uma plataforma de lançamento para as milhares oportunidades que o mundo oferece, as quais eu parecia ter nascido com a benção de saber apreciar - foi um CLICK bestial. Este Click foi dos lentos, daqueles que acontecem por acumulação de massa crítica de reflexões e experiências de vida, e que um dia transbordam produzindo uma gota concentrada daquela experiência místico-gasosa profundamente transformadora a que chamamos Click.

 

Este Click deu-me a oportunidade de colecionar cursos de artes, línguas, saúde, psicologia, desenvolvimento pessoal, dança, web-design, empreendedorismo, e muitos (muuuuuitos) outros. Trabalhei com pais e famílias no acompanhamento das várias etapas de crescimento das crianças. Vivi numa comunidade na Suécia onde colaborava na gestão partilhada das actividades. Dinamizei oficinas de dança e tertúlias. Participei na organização de festivais. Escrevi artigos para uma revista online de notícias positivas. Fui responsável comercial. Fiz gestão de backoffice. Dei formação. Trabalhei numa empresa que oferece segundas opiniões médicas. Desde a comunidade hippie e dos projectos cheios de boas intenções e nenhuma remuneração, ao mundo corporate com formações no estrangeiro hospedada em hotéis de 5 estrelas, acho que enchi a barriga de todas as experiências a que tinha direito.

 

E depois de todas estas experiências a que conclusão terei chegado sobre o que fazer quando fosse grande? (concedam-me, em nome do exercício filosófico que estamos a desenvolver em conjunto, o benefício de partir do pressuposto que eu ainda não era grande nesta altura) Descobri que a minha energia se movimenta naturalmente em direcção às pessoas que me rodeiam, com quem estou em relação e em intimidade, que é sobre isso que eu gosto de aprender e dedicar todos os minutos que tenho disponíveis. Percebi que isso era mais importante que qualquer carreira profissional que tinha equacionado até esse momento. Estava nesse momento a preparar-me para “deixar-me de tretas existenciais”,  fazer 'qualquer coisa' para ganhar dinheiro e dedicar-me às pessoas que tenho no coração e a todos os detalhes maravilhosos da intimidade que nos constrói, nos nutre e nos expande. Afinal 'Felicidade é Amor' como conclui o mais famoso estudo longitudinal com que a Universidade de Harvard andou a espiolhar a vida de centenas de americanos durante 75 anos da sua vida. Estava, portanto, prestes a concluir “deixar-me de tretas existenciais”, quando conheci o Coaching.

 

No nosso primeiro encontro o Coaching virou a minha vida do avesso – para melhor, claro! Mas o segundo CLICK bestial só aconteceu anos depois, quando me encontrei com o Coaching segunda vez, quando este me virou novamente a vida do avesso. Nessa altura da minha vida estava num momento de profunda reflexão. Dirão vocês, que estão a ler a minha história até aqui e não se deixam enganar, que essa terá sido apenas mais uma exacerbação dessa crise-existêncial-crónica-que-já-não-é-o-fim-do-mundo-mas-sim-uma-plataforma-de-lançamento-para-as-milhares-oportunidades-que-o-mundo-oferece, mas não foi. Desta vez a profunda reflexão foi precipitada por uma doença grave da minha mãe que me lembrou, com estrondo, da importância de aproveitar cada um dos minutos que a vida nos oferece. Este Click foi dos outros. Daqueles que nos entram pela consciência adentro de rompante, lançados com fúria por um projector que nos apanha desprevenidos.

 

De repente percebi como as minhas experiências, formações e aprendizagens se combinavam na perfeição para trabalhar como Coach. Percebi que o Coaching é um serviço ao mundo feito da intimidade que nos constrói, nos nutre e nos expande, e que trabalhar como Coach fazia infinito sentido no meu próprio Caminho de Singularidade. Afinal a profissão do Coach é a ajudar as pessoas a realizarem os seus sonhos! Haverá trabalho mais fabuloso do que esse?!?, cliquei eu! E assim fiz. Coleccionei todos os cursos de Coaching a que deitei a mão, pedi demissão e construí o projecto da Singularity Way, onde dou asas ao meu trabalho como Coach e ainda à minha sede de criatividade, ao amor pela fotografia, à paixão pela escrita (e a outros extras que não vou revelar!). E desde então tenho estado dedicada a ajudar as pessoas que me procuram a abraçar a sua Singularidade e irem ao encontro daquilo que para elas é importante.

 

O resto dos detalhes da minha história estão disponíveis no meu eBook no site da Singularity Way, que vos convido a explorar, assim como os meus devaneios literários camuflados de artigos no blog e as minhas fotografias disfarçadas com frases inspiradoras.

 

Que abundem os Clicks no teu Caminho de Singularidade!

 

Mina

 

http://www.singularityway.com/

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